Os principais estados produtores apresentam boa condição de desenvolvimento das lavouras no início da safra 2022/2023.
É o que aponta o segundo o monitoramento dos cultivos de verão realizado pela Conab.
A informação foi divulgada no Boletim de Monitoramento Agrícola, no final da semana passada.
O estudo avalia a situação agrometeorológica e o comportamento dos índices de vegetação obtidos a partir do sensoriamento remoto e de modelos matemáticos.
Estes todos avaliam o desenvolvimento das plantas em diversas regiões.

Oeste Baiano
Segundo informações do Boletim, o atraso no início da estação chuvosa, que postergou o plantio de parte das lavouras, causou alterações negativas do índice de vegetação no Oeste da Bahia.
A região se destaca como maior estado produtor de soja da região do Matopiba.
No extremo-oeste baiano, os dados de satélite mostram que a maioria das áreas se encontra em desenvolvimento vegetativo.
Região Sul
Já na Região Sul, o excesso de chuvas, as baixas temperaturas e o atraso na colheita do trigo postergaram a semeadura e o desenvolvimento da soja na metade sul do Paraná.
Entretanto, os gráficos de evolução do índice de vegetação mostram que a safra atual está evoluindo acima da média, indicando um bom potencial produtivo.
No Oeste Catarinense e no Rio Grande do Sul, há um impacto do excesso de chuvas e das baixas temperaturas, entre outubro e dezembro.
Estas condições atrasaram a implantação e o desenvolvimento das lavouras de milho primeira safra e soja.
Atualmente, a falta de chuvas tem acelerado o ciclo das lavouras e reduzido o porte das plantas.
Os dados de satélite estão refletindo essa condição e indicam uma redução no potencial produtivo principalmente do milho primeira safra.
Centro-Oeste
Os índices vegetativos indicam que a maior parte das áreas do Centro-Oeste se encontra em desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos.

No sul goiano, a falta de chuvas em novembro diminuiu o vigor e o potencial produtivo de parte das lavouras.
No sudoeste de Mato Grosso do Sul e no oeste paranaense, períodos com falta ou excesso de chuvas interferiram no ritmo de semeadura da soja.
Contudo, em função das intempéries climáticas que afetaram as lavouras no ciclo passado, o índice da safra atual se encontra bem acima da safra anterior para a região.
Análise climática
No geral, as chuvas contribuíram para a elevação do armazenamento hídrico no solo, favorecendo o desenvolvimento e a semeadura dos cultivos de verão.
O mapa da média diária de armazenamento hídrico no solo, no período de 1° a 21 de dezembro, indica que os índices de umidade foram suficientes para o desenvolvimento, a floração e o enchimento de grãos dos cultivos de verão em todos os estados das regiões Centro-Oeste, Sudeste e do Matopiba.
A exceção é a Região Sul em razão do atraso na semeadura e da falta de chuvas.
O estudo é resultado da colaboração entre Conab, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).
Além de agentes colaboradores que contribuem com dados pesquisados em campo.
O Boletim de Monitoramento Agrícola está disponível na íntegra no site www.conab.gov.br.
Fonte: Conab
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