A seca no Meio-Oeste americano evoluiu na semana passada. Na quinta-feira, dia 27, o Centro Nacional de Mitigação da Seca divulgou um aumento de 3% nos índices de seca nos estados produtores de soja, alcançando a marca de 53%.
Isso trouxe, novamente, uma preocupação para o real potencial de produção dos EUA.
Exportações americanas
E durante a semana, o USDA anunciou vendas de 1,7 milhão de toneladas para a safra 2023/24, que começa em 1º de setembro, onde a China foi responsável por 26% deste volume.
O aumento da demanda não foi suficiente para valorizar as cotações de Chicago.
Também nos Estados Unidos, o Federal Reserve elevou as taxas de juros dos EUA para o maior patamar em 22 anos, citando um crescimento econômico moderado.
E no Brasil, a agência Fitch Ratings melhorou a nota de crédito de BB- para BB, com perspectiva estável.
Isso gerou otimismo para o mercado, que provocou uma queda de 0,42%, fechando a semana valendo R$4,73.
Em Chicago, o contrato de soja com vencimento para agosto/23 finalizou a semana cotado a US$ 14,96 o bushel (-0,27%).
E o contrato com vencimento para março/24 encerrou a US$ 13,82 o bushel (-1,00%).
Diante desse cenário, a soja brasileira apresentou leves desvalorizações, em algumas regiões.
Clima
Nesta semana o clima das lavouras americanas volta ao centro das atenções.
Conforme os prognósticos da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), espera-se que haja temperaturas amenas e chuvas mais generalizadas, principalmente na região do “Soy Belt”.
Se essas previsões se confirmarem, podem acarretar impactos negativos para Chicago.
Diante de uma semana com chuvas irregulares, a qualidade das lavouras americanas boas/excelentes deve diminuir durante mais uma semana, mas ainda com boas expectativas de melhora diante da boa expectativa climática para os próximos dias.
A semana passada foi marcada por vários anúncios de vendas de soja norte-americana, e o mercado espera que o ritmo se mantenha nesta semana, dando sinais concretos de uma demanda mais aquecida, principalmente para a safra 2023/2024, que inicia em 1º de setembro.
Exportações brasileiras
Já o ritmo de exportação no Brasil deve cair. Diante de um mês de julho bastante intenso em relação à exportação de soja, espera-se que esse ritmo seja, naturalmente, reduzido a partir de agosto. Isso porque o milho deve ganhar destaque, diante da oferta abundante no Brasil.
Veja mais: Soja: disputa entre compradores eleva preços
E esta semana promete ser de bastante volatilidade para o dólar, diante da decisão de taxa de juros do Brasil e relatório de geração de empregos não-agrícolas (Payroll), nos EUA.
Espera-se o início da redução das taxas de juros no Brasil e uma diminuição na criação de empregos nos EUA.
Diante desse cenário, é possível que a semana termine com uma tendência positiva para o dólar.
Diante dos fatos apresentados, a soja em Chicago poderá apresentar uma semana negativa, resultando em desvalorização dos preços no mercado interno brasileiro.
Fonte: Grão Direto www.graodirerto.com.br










