O documento de referência para a Conferência Nacional de Educação 2024 (Conae), publicado pela Presidência da República e pelo Ministério da Educação (MEC), visa combater a promoção do agronegócio em salas de aula, extinguir as escolas cívico-militares do país e proibir os pais de darem uma educação de excelência para seus filhos em casa (homeschooling), pois, de acordo com o texto, essas pautas seriam todas de cunho “ultraconservador”. E, no mesmo parágrafo em que defende o combate a todos esses pontos, o documento ainda afirma querer permitir que os professores possam doutrinar as crianças em sala de aula com as suas próprias ideologias políticas, o que chamou de “liberdade de cátedra” e “livre pensamento nas instituições educacionais”.
Segurança pública
O documento ainda lamenta que, após o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 – que é falsamente chamado de “golpe” por quatro vezes no documento -, o Brasil tenha vivido um avanço “nas políticas conservadoras de segurança pública”, “como a construção de novos presídios e o recrudescimento da violência policial”, dizendo que pautas ligadas aos “direitos humanos” foram deixadas em segundo plano. Vale ressaltar que, justamente após o impeachment de Dilma, durante os anos em que as ditas “políticas conservadoras” foram aplicadas no país, o número de homicídios diminuiu drasticamente no Brasil.
Pauta gay
Outro ponto tratado pelo texto é a educação de tempo integral nas escolas. Sobre isso, o documento afirma que o Estado deve formar as crianças enquanto cidadãos, dando formação não apenas sobre as matérias correntes – como matemática, português e outras -, mas também sobre “direitos humanos”, promovendo, assim, a valorização da homossexualidade e da ideologia de gênero em sala de aula.
Doutrinação ideológica
Indo mais além no documento, é possível constatar ainda um ponto que contraria o próprio texto referido mais acima, pois, ao mesmo tempo em que defende que os professores tenham a liberdade de pregar a sua própria ideologia política em sala, o documento afirma querer proibir que as escolas privadas confessionais ensinem a sua própria religião com caráter doutrinal aos alunos. Ou seja, o professor pode, por exemplo, pregar o socialismo para o seu filho, mas uma escola católica não pode pregar o cristianismo a ele.
Conclusão
De acordo, portanto, com o documento, você não tem liberdade para educar os seus filhos; as escolas não têm liberdade para ensinar a sua própria religião aos seus alunos; e as crianças são proibidas de serem ensinadas por professores com carreira militar. Mas, ao mesmo tempo, os professores devem ter total liberdade para pregar o socialismo aos seus filhos, bem como as escolas devem ser obrigadas a dizer para as crianças que a homossexualidade é algo “bom” e que a ideologia de gênero deve ser entendida como verdadeira, ainda que isso contradiga a própria biologia.
Ou seja, seguindo o que o documento propõe, o Estado deve controlar tudo o que seu filho pensa e você não deve ter o direito de interferir nisso.










