Representantes da Embrapa e da Emater/RS-Ascar se dedicaram por dois dias à elaboração de um novo plano de ação para a recuperação ambiental e produtiva do Rio Grande do Sul, após as enchentes de maio.
A oficina foi realizada nas quarta e quinta-feira, 23 e 24, na Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
A Embrapa apresentou as ações da Plataforma de Pesquisa Colaborativa da Região Sul.
E as entidades fizeram a exposição do que estão fazendo e do que podem fazer.
Tambem ocorreram discussões e encaminhamentos, gerando a construção coletiva de propostas para o Plano Recupera Rural RS, a serem divulgadas em breve.
O presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz, agradeceu pela parceria no trabalho intenso que vem sendo desenvolvido em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
“Estamos aqui hoje com a equipe da Emater/RS-Ascar para poder interagirmos e dizer a vocês que a Extensão Rural tem na sua essência o desenvolvimento rural sustentável. Está na nossa missão”, destacou.
“Nós precisamos, juntos, encontrar estratégias, ferramentas de difusão e também de convencimento dos nossos agricultores, para que possamos levar, junto com todo esse aporte tecnológico, a necessidade da sustentabilidade dos nossos sistemas produtivos”, disse.
Ainda lembrou que a rentabilidade é o que gera qualidade de vida no campo e na cidade.
Plano Rio Grande
Schwerz ressaltou ainda que o estado está organizando e planejando ações de reconstrução através do Plano Rio Grande, junto às secretarias de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
Desta forma, serão investidos recursos para organizar e implementar unidades de referência.
“Nosso grande objetivo é fazer com que o conhecimento, a ciência gerada pela Embrapa, pelos meios de pesquisa, possa chegar até o agricultor de forma rápida, objetiva, e que se tenha o resultado cada vez mais visível, para que mais pessoas possam compreender e aderir a estas boas práticas agrícolas que levam ao melhor manejo e conservação do solo e da água”, afirmou.
Perdas e ações de recuperação
As enchentes de maio deste ano deixaram estragos em 456 municípios gaúchos, considerando os registros de perdas elaborados pela Emater/RS-Ascar.
Neste universo, 95 municípios tiveram decreto de calamidade e 340 municípios decretaram emergência.
Estes dados fazem parte do Relatório de Perdas, construído pelo trabalho de extensionistas no estado inteiro, após uma primeira etapa de ação para garantir a sobrevivência e a acolhida dos atingidos.
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Após maio, a Emater/RS-Ascar passou a se dedicar na recuperação emergencial do campo. Na fase atual, o objetivo é construir ações permanentes de adaptação, mitigação e resiliência.
Na oficina desta semana, o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, apresentou as ações de Aters e os propósitos que constam no Plano Plurianual do Governo do Estado, conectados a quatro macroproblemas: baixa produtividade do campo, precariedade da infraestrutura, controle de sanidade e vulnerabilidade social.
11 focos estratégicos
A partir desses, a Emater/RS-Ascar estabeleceu no seu planejamento institucional 11 focos estratégicos, com atenção especial ao enfrentamento das vulnerabilidades climáticas, a geração de renda, o abastecimento alimentar, os aspectos de juventude e de sucessão familiar e os desafios da Extensão Rural e da pesquisa agropecuária, caminhando em conjunto.
“É para fazer as melhores entregas dos serviços que são prestados”, argumentou.
Fonte: Emater-RS/Ascar