A Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra) promove de amanhã, dia 21, até sábado, a segunda edição do Congresso Cerealista Brasileiro, em Garibaldi/RS.
Entre os principais temas em debate, a logística e armazenagem de grãos, crédito rural e o futuro da soja, que completa 100 anos de Brasil neste mês.
O presidente da Acebra, Jerônimo Goergen, esclareceu no programa A Granja na TV de terça-feira, 19, na Ulbra TV, que a proposta da primeira edição do evento, no ano passado, em Foz do Iguaçu/PR, “foi mostrar para dentro do setor cerealista sua capacidade de mobilização e força política”.
Segundo ele, foi um grande evento, mas um “congresso para dentro”, enquanto esta edição vai enfocar a cadeia agrícola em sua amplidão.
“Este (congresso) deste ano vem com o viés de conexões que geram valor. A gente vai convidando outros atores da cadeia produtiva para debater conosco os problemas do setor, porque na nossa leitura não existe a empresa forte sem o produtor forte. Então, precisamos discutir com todos aqueles que vivem o nosso meio ambiente quais são as soluções. E é por isso que a gente traz temas ampliados. E num ano que se comemora os 100 anos da produção de soja, que começou em Santa Rosa, no RS… onde também vamos ter os 20 anos da biotecnologia.
Jerônimo Goergen, presidente da Acebra
Conforme o dirigente, na semana passada, em Brasília, foi realizada uma reunião para formar a aliança da agro-inovação para discutir o tema com outros países.
Crédito
“E também estes debates vêm somados com aquilo que é o nosso dia-a-dia, onde temos um novo perfil do crédito agropecuário, que cada vez mais deixa de ser um recurso equalizado, um recurso que o Governo possa trabalhá-lo”, lembrou.
“Nós temos um recurso privado chegando, e que ele precisa ter segurança jurídica, a garantia de seguro, que é fundamental para que não fique um dinheiro ainda mais caro do que já é”, acrescentou.
Transição energética
Goergen destacou que o tema da transição energética também estará em debate.
“Porque é uma realidade no campo, seja como insumo ou como consumo, seja pelo diesel, etanol ou pela (energia) fotovoltaica que hoje passa a ser utilizada pelos produtores”, argumentou.
Assim como de o debate da armazenagem e da logística, como ferrovias, estradas e escoamento.
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“A logística e a armazenagem que impactam na melhor comercialização e escoamento da produção para que possamos fazer um debate integral dos pontos necessários e que são os problemas do agro e, obviamente, do nosso setor cerealista”, ressaltou.
Também em discussão assuntos como bioinsumos e sustentabilidade.
Rio Grande do Sul
Os temas em debate envolvem as questões nacionais, mas Goergen destacou que o Rio Grande do Sul terá uma “leitura mais complexa”, visto as recentes safras com secas e tragédia climática de maio.
“Vamos fazer o debate e entendermos o que está chegando na prática e na vida do empresário e na vida, por consequência, do produtor. Até porque a gente vê, com toda a franqueza, às vezes muito mais anúncios (de apoio) do que realidade”, complementou.
Conforme ele, a ideia do evento é que todos saiam com uma “leitura atualizada daquilo que é uma realidade”.
A entrevista completa, assim como o programa na íntegra e mais informações sobre o agro gaúcho e brasileiro na edição de A Granja na TV de terça-feira, 19 de novembro (Canal 48.1 TV Digital e 521 da NET Porto Alegre)