O mercado brasileiro de arroz tem se mantido lento, com cotações entre estáveis e mais baixas.
“O foco principal permanece nos trabalhos de campo, evidenciando um cenário em que a comercialização não avança significativamente”, pontua o analista e consultor de Safras & Mercado Evandro Oliveira.
No âmbito político, estão programados, para os dias 5 e 6 de dezembro, leilões de Contrato de Opção de Venda (COV) para até 500 mil toneladas de arroz longo fino em casca, tipos 1 e 2, da safra 2024/25.
Com recursos de aproximadamente R$ 1 bilhão, o objetivo é proteger a renda dos produtores diante da tradicional volatilidade dos preços em períodos de safra.
“No entanto, os valores estimados para o COV, entre R$ 86 e R$ 89, têm gerado dúvidas sobre sua efetiva atratividade, especialmente considerando que o piso projetado para o pico da entrada da safra, entre fevereiro e março de 2025, varia entre R$ 80 e R$ 90”, adverte Oliveira.
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No cenário externo, projeções apontam para preços de exportação próximos a US$ 14 por saca no porto, o que pode impulsionar as vendas internacionais e oferecer suporte às cotações no mercado interno.
Menos consumo doméstico
“Diante do enfraquecimento do consumo doméstico, a recuperação das exportações será crucial para equilibrar a oferta interna e limitar o impacto negativo sobre os preços ao longo de 2025”, destaca o analista.
A média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), principal referencial nacional, encerrou a quinta-feira (28) cotada a R$ 104,07, recuo de 5,77% em relação à semana anterior.
Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma queda de 12,31%. E uma perda de 10,13% quando comparado ao mesmo período de 2023.
Fonte: Safras & Mercado