A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) revisou para baixo as projeções de exportação de milho em dezembro, para 3,6 milhões de toneladas, pouco mais da metade das 6,6 milhões de dezembro de 2023.
Já os embarques americanos na semana passada totalizaram 4,18 milhões de toneladas, superando todas as estimativas comerciais, se destacando como um dos volumes mais altos das duas últimas décadas.
E o plantio da safra verão atingiu 65,1% da área estimada até o início de dezembro, com destaque para o Paraná, que já concluiu o plantio, de acordo com a Conab.
O cereal encerrou a semana passada cotado a US$ 4,31 por bushel (+1,89%) em Chicago, para o contrato com vencimento em dezembro de 2024.
No Brasil, na B3, o milho seguiu o movimento de alta, com variação de +3,21%, para R$ 73,95 no contrato de janeiro/2025.
Esse cenário foi refletido no mercado físico brasileiro, provocando valorização em várias regiões.
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Acordo entre Mercosul-União Europeia
Após 25 anos de negociações, o Mercosul e a União Europeia (UE) concluíram um acordo de livre comércio.
O acordo prevê a retirada gradual de taxas de importação para diversos produtos agropecuários, incluindo o milho.
Caso seja aprovado pelos estados-membros da UE e o Parlamento Europeu, o acordo abrirá novas oportunidades de exportação para o grão brasileiro no mercado europeu, podendo ser mais uma fonte internacional relevante para a demanda do cereal brasileiro.
Transporte retomado
No Brasil, o transporte de soja e milho pelas hidrovias dos rios Tapajós e Madeira foi retomado após interrupções causadas por uma seca severa, operando inicialmente com capacidade reduzida.
Essas rotas são cruciais para o escoamento da produção do Centro-Oeste brasileiro pelos portos do Arco Norte.
Durante a interrupção, cargas foram redirecionadas para portos das regiões Sudeste e Sul, elevando os custos logísticos.
Com a retomada das operações e a expectativa de continuidade das chuvas, espera-se uma normalização dos fluxos de exportação e redução dos custos operacionais.
Cotações
Conforme a plataforma Grão Direto, as cotações de milho poderão continuar seu movimento de alta durante a semana, podendo romper a região dos R$ 75,00 na B3.
Isso deve continuar impactando os preços dos mercados físico brasileiros em diversas regiões.
Fonte: Grão Direto
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