A colheita do trigo avança em ritmo constante no Rio Grande do Sul e já alcança aproximadamente 27% da área cultivada, segundo levantamento da Emater/RS-Ascar. As lavouras apresentam bom desempenho, confirmando o potencial produtivo da safra 2025 e reforçando a posição do estado como o principal produtor nacional do cereal.
A área semeada neste ciclo é estimada em 1,14 milhão de hectares, com produtividade média projetada em 3.261 quilos por hectare. A estimativa de produção total gira em torno de 3,7 milhões de toneladas, resultado que consolida a importância econômica do trigo na composição das culturas de inverno no estado. De modo geral, o estado sanitário das lavouras é satisfatório, com grãos apresentando peso hectolítrico superior a 78 kg/hl — índice considerado de excelente qualidade industrial.
Em regiões de manejo mais tecnificado, como Soledade e o norte do estado, a produtividade tem superado 3,9 mil quilos por hectare, reflexo de uma condução eficiente e de boas condições climáticas ao longo do ciclo. Já em áreas que enfrentaram períodos de maior umidade, a colheita evolui com resultados um pouco abaixo da média, embora ainda dentro de patamares positivos.
O avanço das máquinas pelas lavouras, registrado em vídeos e imagens compartilhadas por produtores, simboliza o bom momento da safra. Após um inverno de clima ameno e com adequada disponibilidade hídrica, o trigo chega à fase final com grande potencial de rendimento e qualidade de grão.
No mercado, as negociações seguem em ritmo moderado, com preços oscilando entre R$1000,00 e R$1050,00 por tonelada, conforme a região. Mesmo assim, a perspectiva de uma colheita volumosa e de grãos de boa qualidade traz confiança ao setor moageiro e aos produtores.
Entre os desafios que ainda exigem atenção estão o controle de doenças fúngicas, como giberela e ferrugem, e a necessidade de tempo firme nas próximas semanas para garantir a integridade dos grãos. Mantido o cenário atual, o Rio Grande do Sul deve encerrar a colheita com uma das melhores performances dos últimos anos, consolidando novamente sua liderança na produção nacional de trigo e contribuindo para o abastecimento e a estabilidade da cadeia tritícola brasileira.










