Na ovinocultura, os rebanhos gaúchos seguem com bom estado corporal, mesmo com o RS enfrentando menor disponibilidade de pastagens. Ou seja, os animais estão mantendo o peso. Isso porque a conformação mais baixa das espécies campestres favorece o consumo pelos ovinos.
Em outras palavras, por serem “baixinhas”, gastam menos energia para se alimentar, na comparação com rebanhos de outros estados. Além disso, a falta de chuvas diminuiu a incidência de verminose e de problemas de casco.
Na maioria das propriedades, as matrizes e os reprodutores estão sendo preparados para a reprodução. Em algumas, como nas criações laneiras, os produtores já iniciaram a temporada de cobertura. Os dados estão no Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (30/12) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, que é vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr).
Pastagens e rebanhos
Entretanto, nem todo o gado é beneficiado. A recorrente estiagem torna crítica a situação das pastagens. Principalmente em locais de solos mais rasos ou com textura arenosa, paralisando o crescimento dos campos nativos e das pastagens cultivadas.
Muitas espécies forrageiras já não suportam mais o pastejo. A redução na oferta de pastagens tem levado produtores a aumentar o uso de silagem e feno ou a ajustar a lotação de animais a campo.
Assim como ocorre com o desenvolvimento das pastagens, as condições dos bovinos de corte variam muito. Onde ocorreram precipitações e as forrageiras conseguiram ofertar alimentos, o gado apresenta ganho de peso. Principalmente os animais conduzidos em áreas de pastagens anuais de verão.
Já onde a estiagem está restringindo o desenvolvimento das plantas, os bovinos têm dificuldades para manter o escore corporal.
Leite
O baixo índice pluviométrico diminuiu a quantidade e a qualidade das pastagens e a capacidade de suporte forrageiro aos bovinos de leite. Porém, as matrizes que continuam recebendo suplementação mantêm as condições corporais.










