A produção brasileira de soja em 2021/22 deverá totalizar 127,168 milhões de toneladas. Portanto, recuo de 7,9% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 138,1 milhões de toneladas.
A estimativa foi divulgada por Safras & Mercado, nesta sexta-feira, 11. Em 14 de janeiro, o relatório anterior projetara 132,3 milhões de toneladas. Ou seja, a queda é de 2,37% em relação à estimativa anterior.
Produtividade
Os economistas da Safras indicam aumento de 4% na área, estimada em 40,75 milhões de hectares. Em 2020/21, o plantio ocupou 39,19 milhões de hectares.
No relatório anterior, Safras indicava área de 40,8 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.542 quilos por hectare para 3.136 quilos.
Perdas
Houve novos ajustes negativos nas produtividades médias esperadas para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. As condições climáticas desfavoráveis continuam a castigar as lavouras dos estados da Região Sul, além de parte das lavouras do Mato Grosso do Sul.
O início dos trabalhos de colheita no Paraná e no Mato Grosso do Sul começa a revelar o tamanho dos problemas.
Consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque
Segundo ele, no Rio Grande do Sul, é possível vermos antecipação do início dos trabalhos nas regiões mais afetadas pela seca. Apesar disso, além do registro de temperaturas mais amenas, algumas chuvas que chegaram ao estado gaúcho nas últimas duas semanas parecem ter ajudado as lavouras mais tardias.
Destaque
O destaque positivo fica com a elevação das produtividades médias esperadas para os estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. “O avanço dos trabalhos de colheita revela que, apesar da umidade elevada em algumas regiões, as lavouras mantiveram um grande potencial produtivo nestes estados”, destaca.
As elevações dos potenciais destes estados impedem que as perdas produtivas sejam ainda maiores na safra brasileira desta temporada, compensando, em parte, os problemas da Região Sul.