Com a semeadura do algodão safra 2022/23 finalizada no MT, foi possível mensurar com mais exatidão os impactos dos preços menos atrativos da fibra e do atraso da semeadura na decisão final do cotonicultor em relação à intenção de área a ser cultivada no ciclo.
Dessa forma, a estimativa de área apresentou incremento de 3,65% ante o último relatório, o que totaliza 1,15 milhão de hectares.
No entanto, o total ainda é 1,93% inferior ao consolidado da safra 2021/22.
Já a produtividade permaneceu projetada em 278,26 arrobas/hectares, ou 12,27% superior à registrada na safra passada.
Vale ressaltar que fatores ainda incertos podem interferir no rendimento do algodão ao longo do ciclo. Como as condições climáticas e ocorrência de pragas e doenças.
Por fim, a produção de algodão em caroço ficou prevista em 4,82 milhões de toneladas, 10,04% superior em relação à safra 2021/22, pautado pela expectativa de uma melhor produtividade.
Exportações
A estimativa de exportação da safra 2121/22 em MT exibiu recuo de 3,80% ante o último relatório. E totalizou 1,28 milhão de toneladas da fibra.

Esse cenário é reflexo das incertezas quanto a economia global, que reflete na redução do consumo da pluma, por ser considerado um bem não essencial.
Diante disso, e com a rolagem de alguns contratos de comercialização da safra 2021/22 para a 2022/23, devido aos lotes com coloração fora do padrão, os estoques de passagem exibiram elevação e ficaram em 62,81 mil toneladas de pluma.
Para a safra 2022/23, com a projeção de uma maior produção ante 2021/22, e à expectativa de uma recuperação da economia global, é estimada uma alta de 18% nos embarques do ciclo, frente à safra passada.
E diante do maior volume dos estoques de passagem da safra 2021/22 para a 2022/23, os estoques finais ficaram em 71 mil toneladas, 13,05% maior que o do ciclo passado.
Fonte: Imea