O diretor da Associação de Fumicultores do Brasil (Afubra) e coordenador da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider, apresentou na Reunião da Câmara, dia 1º, os números da produção de tabaco na safra 2023/2024 e as perdas do setor pelas enchentes de maio no período de calamidade climática no Rio Grande do Sul. Assim como uma avaliação dos resultados da safra 2023/2024 no Rio Grande do Sul.
Os números ainda estão sendo finalizados, mas o que se tem até o momento é um aumento da área plantada de 7,07%, para 125.996 hectares, e de número de famílias de 64.761 para 68.582, aumento de 5,9%.
Apesar da área ter aumentado, a produção tem estimativa de queda de 14,38%, para 219.992 toneladas, contra 256.947 toneladas na safra 2022/2023.
E a produtividade deve ficar em 1.746 kg/ha, uma redução de 20,05% em relação à safra anterior.
Segundo Schneider, a redução é em consequência do excesso de chuvas no período.
Mas ele destaca o aumento no preço pago ao produtor.
Os valores chegaram a subir quase 40% do início para o final do período de comercialização, e o faturamento, ao nível de produtor, teve um aumento de 13,64%, para R$ 5,2 bilhões. S
“Normalmente quando a remuneração ao produtor é muito expressiva em uma safra, tem aumento de área, o que pode causar excesso de oferta”, avalia.
Atualmente, dos 1.191 municípios dos três estados do Sul, 509 produziram tabaco na safra 2023/2024. Destes, 201 estão no Rio Grande do Sul.
Mais sobre a relevância da cultura em Tabaco exporta US$ 2,72 bilhões para 107 países, 11,32% de crescimento
Indenização
Os valores em indenizações por conta do granizo na Região Sul chegaram nesta safra a 36.576 atendimentos, num total de R$ 216 milhões, aumento de 20,46% em relação à safra anterior, de R$ 179 milhões.
Segundo o diretor da Afubra, “é importante lembrar que a grande maioria dos produtores faz a inscrição no seguro para ter a garantia de ter parte da receita de volta em casos de perdas por granizo”.
Números da enchente
“Felizmente, tivemos uma coisa totalmente atípica nesta safra 2023/24. Normalmente, as compras do produto acontecem até julho, só que neste ano devido a uma safra menor e um preço alto pago ao produtor, ela se deu no final de abril”, destacou Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).
Por isso, as perdas pelas enchentes não foram tão significativas na cultura.
O SindiTabaco fez um levantamento sobre os prejuízos causados pela calamidade climática do mês de maio. Os dados apresentados mostram que 1.929 propriedades rurais de fumicultores foram atingidas pelas cheias em 75 municípios. No total, os prejuízos calculados no setor chegam a R$ 95 milhões.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi)










