Cátia Valente, meteorologista e participante do programa A Hora do Grão fala sobre o mês de novembro e as perspectivas para o mês de dezembro.

O mês de novembro chega ao fim com chuvas muito concentradas na metade norte do Brasil, enquanto na metade sul, os volumes são menores e as precipitações são bastante irregulares. Com isso, o mês terminou com muitos transtornos em função do excesso de chuva em várias regiões e da falta dela em outras, mostrando que o nosso país é feito de contrastes.
Leia também: Após 5 meses de baixa, preço da gasolina sobe
Em plena época de plantio e fase inicial de desenvolvimento das lavouras, temos um quadro climático positivo, em geral, pelo Brasil. Algumas áreas pontuais do sul de Mato Grosso e de Goiás, Mato Grosso do Sul e região sul, tem preocupado os produtores pelas chuvas irregulares e com baixos volumes. Neste momento, a situação mais difícil é o Rio Grande do Sul, onde a escassez de chuva é mais crítica prejudicando o plantio e as lavouras recém instaladas. Já na em parte do sudeste, especialmente a Zona da Mata Mineira, norte de Minas Gerais, Espírito Santo e a região produtora do MAPITOBA, as chuvas frequentes e volumosas deixam o solo com bastante umidade mas pontualmente podem trazer alguns transtornos devido ao excesso. Para dezembro, a tendência é de que o cenário praticamente não mude. Nos primeiros dez dias de dezembro a chuva mais expressiva segue concentrada na metade norte do Brasil (área que inclui o norte das regiões sudeste e centro oeste, região norte e boa parte do nordeste) com volumes elevados, entre os dias 01 e 03 de dezembro na faixa leste entre Santa Catarina, Paraná e sul da Bahia. Nas demais áreas, sul de MT, sul de GO, MS, meio oeste de SC e PR as precipitações tendem a ser irregulares e com menores acumulados. E por último, no Rio Grande do Sul, espera-se eventos de chuva muito isolados e por enquanto sem perspectiva de mudança significativa.