Fazendeiros da Polônia seguem protestando contra as políticas “ambientais” da União Europeia (UE) e as importações da produção agrícola de países de fora do bloco, como a Ucrânia. Tais manifestações têm acontecido por toda a UE, conforme os relatos que chegam de nações como Itália, Alemanha, França, Portugal, Romênia, Bélgica e Espanha.
Nesta terça-feira (20), como parte de seus protestos, produtores rurais poloneses fecharam partes da fronteira entre o seu país e a Ucrânia, além de interromperem o trânsito na capital, Varsóvia. Eles ainda atearam fogo a pneus e derramaram grãos de dentro de vagões de trem.
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Ao todo, foram relatados mais de 180 focos de manifestações por toda a Polônia somente no dia de hoje. E, como tem sido de praxe nos protestos por toda a UE, os fazendeiros se utilizaram de seus tratores como meio de interromper o tráfego tanto nas fronteiras quanto na capital e também nas rodovias que a circundam.
Polônia x Ucrânia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou os produtores poloneses na noite dessa segunda-feira (19) por estarem se manifestando contra as importações da produção agrícola de seu país. Ele disse que os atos dos fazendeiros soam como uma “zombaria” ao povo ucraniano e que eles estão perdendo a “solidariedade”.
Já os produtores da Polônia afirmam que as importações dos produtos agrícolas da Ucrânia põe em risco a sua própria subsistência, pois inundam o mercado polonês com produtos que não passam pelas normas “ambientais” da UE – contra as quais eles também estão protestando -, o que força os seus preços para baixo. Em suma, caso o governo da Polônia decida seguir ajudando a Ucrânia por meio da importação de alimentos, isso se daria às custas do sacrifício do próprio povo polonês, segundo os fazendeiros de lá.










