A Frísia Cooperativa Agroindustrial anunciou um novo projeto para incentivar o melhoramento genético dos planteis dos cooperados. Incluso no “Programa Genoma + Leite Saudável”, o projeto contempla a distribuição de 30 mil testes genéticos nos próximos três anos.
GeneticVision, Associação Paranaense de Criadores de Bovinos de Raça Holandesa (APCBRH) são parceiros da Frísia na iniciativa, que contará com apoio financeiro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do programa.
O supervisor de pecuária da Frísia Cooperativa Agroindustrial, Caio Godoi (foto), explica que a iniciativa consiste em realizar testes genéticos não apenas em machos, mas, especialmente, em fêmeas.
“Este projeto vai garantir que os nossos produtores tenham uma evolução genética mais acelerada. Quando olhamos apenas os touros, estamos vendo apenas 50% do responsável pela variabilidade genética”, comenta.
O objetivo é que a genômica ajude os produtores a replicar o que há de melhor entre seus animais com maior velocidade. Atualmente, a média de produção do cooperado Frísia é de 31,5 litros/vaca por dia e, com o projeto, a cooperativa busca chegar a uma produção de 35 litros/vaca por dia
Além da óbvia melhoria genética, será possível mapear as vacas mais eficientes na produção leiteira e, ao mesmo tempo, capazes de produzir menos gases de efeito estufa durante o processo, hoje na pauta de discussões da pecuária mundial.
Pareceria da Frísia é para Avaliação genômica
“O objetivo, quando fazemos uma seleção genômica, é identificar indivíduos superiores e trabalhar para fazer melhoramento em nível de rebanho. Tem planteis que já estão, há anos, trabalhando com a seleção genômica e vemos uma crescente produção de leite”, explica Viviane Broch, supervisora técnica na ST Genetics.
Segundo a supervisora, a variação genômica ajuda também a definir corretamente os objetivos de seleção. “Quais as características preciso melhorar? Será que a minha média de produção de leite está baixa por um problema de conforto, nutrição ou genética?”
Esse é o tipo de resposta que a avaliação genômica, que se tornou oficial nas raças holandesa, Jersey e Pardo-Suíço a partir de 2009, pode fornecer. “Em 2008/2009, a maior parte do progresso dos rebanhos estava vindo apenas dos machos. Isso significa que estávamos trabalhando apenas com metade da seleção”, comenta Broch.
Leia aqui quanto foi o faturamento da Frísia no mais recente balanço.