A semana passada foi marcada, mais uma vez, por muita volatilidade no mercado da soja. Esse fato ocorreu, principalmente, por conta do Relatório de Oferta e Demanda Mundial, compartilhado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no dia 12, destaca a Grão Direto.
O USDA apresentou uma redução da produção da safra 2022/23 dos Estados Unidos, de 126,28 milhões de toneladas – estimativa do mês anterior – para 122,61 milhões deste mês.
Contudo, houve aumento nos estoques da safra 2021/22, para 88,73 milhões de toneladas, ante 86,15 milhões do mês passado. Além disso, foi relatado um aumento na produção mundial, de 351,99 milhões de toneladas em julho para 352,74 milhões de agosto.
Nesse contexto, o aumento de estoques confirma que a demanda geral de soja vem recuando, reforçando sinais de uma possível recessão mundial, pressionando as cotações para baixo.
Sendo assim, o contrato de Chicago com vencimento em agosto, atingiu US$ 14,69/bushel, queda de 3,10% ocasionada pela mudança de contrato de julho para agosto. O dólar retornou para mais uma semana de alta, fechando a sexta-feira valendo R$ 5,40 (+2,47%).

Inflação nos EUA
A alta foi intensificada após a divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos, que chegou a 9,1% – maior alta dos últimos 40 anos – que aumentou os temores de uma recessão global. Além disso, intensificando esse cenário de alta, no Brasil, o Congresso promulgou a PEC “Kamikaze”, que amplia os gastos do Governo, aumentando o risco fiscal.
Mesmo com a alta do dólar, o mercado brasileiro não conseguiu elevar seus preços, por conta da queda expressiva de Chicago, resultando em uma desvalorização, em relação à semana anterior.
Cautela no mercado financeiro
Para esta semana, de acordo com a Grão Direto, os temores de uma recessão econômica ainda poderão permanecer, provocando cautela no mercado financeiro em geral.
As previsões climáticas apontam para continuidade de mais uma semana com chuvas mal distribuídas e temperaturas elevadas.
O dólar poderá continuar a sua tendência de alta, ainda pressionado pelas preocupações com uma possível recessão mundial e riscos fiscais no Brasil. Caso esse cenário se confirme, a semana poderá ser marcada pela alta dos preços no Brasil, em relação à semana anterior.
Fonte: Grão Direto – www.graodireto.com.br