A semana passada foi marcada pela continuidade dos negócios com milho no mercado interno.
Os compradores se mostraram bastante interessados em negociar.
Esse movimento provocou uma leve valorização das cotações no mercado físico.
Em relação ao mercado externo, o relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Mundial provocou muita oscilação nas cotações de milho.
Assim, fechou a semana a US$ 6,76 por bushel (+3,52%) para o contrato de março/23.

Menos produção mundial
O relatório das Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial (WASDE) apresentou uma diminuição de produção mundial de 5,93 milhões de toneladas para a safra 2022/23.
Contudo, o maior demandante do grão, a China, teve um aumento de 3,2 milhões de toneladas em sua produção.
Isso ocasionou uma crescente no consumo doméstico e manutenção no volume de importações.
A Bolsa de Cereales de Buenos Aires (BCBA) apresentou, no último dia 12, um aumento para 47% nas lavouras regulares/ruins, e uma diminuição para apenas 7% nas lavouras boas/excelentes em comparação com a semana anterior.
Além disso, estima-se que haja uma redução de 600 mil hectares de plantio de milho.
Assim, resultaria em uma produção próxima a 45 milhões de toneladas na safra de 2022/23.
Exportações seguem aquecidas
Em relação às exportações, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) reportou, no último dia 9, um volume de 1,8 milhão de toneladas exportadas em apenas cinco dias úteis.
Caso continue nesse ritmo, o Brasil poderá fechar o mês com volume recorde acima de 6 milhões de toneladas.
Clima na América do Sul
O clima na América do Sul vai continuar sendo um fator muito importante diante da evolução do plantio e desenvolvimento das lavouras.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) projeta chuvas volumosas para todo o Brasil.
A exceção é o Rio Grande do Sul.
Na Argentina, o Serviço Meteorológico Nacional (SMN) sinaliza a continuidade de chuvas mal distribuídas e altas temperaturas.
As exportações deverão permanecer aquecidas em janeiro, diante da escassez do cereal no cenário internacional.
Com a diminuição dos estoques brasileiros, o mercado interno deverá se fazer presente para garantir o suprimento a curto prazo, até o início da colheita.
Sendo assim, as cotações brasileiras poderão ter uma semana de leve valorização em relação à semana anterior.
Caso a demanda permaneça aquecida.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br