A semeadura da soja avançou no Rio Grande do Sul, praticamente sem interrupções na maior parte das regiões, nos últimos dias de novembro.
O plantio foi beneficiado pelas condições propícias para a operação, como a adequada umidade do solo, fator anteriormente limitante.
Como resultado, de acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira, 5, pela Emater/Ascar-RS, a área semeada alcançou 80% da estimativa de 6,81 milhões de hectares.
A produtividade média esperada é de 3.179 kg/ha.
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Umidade
As áreas com efetiva cobertura de palhada mantiveram níveis adequados de umidade para o plantio por período mais extenso.
Já nas parcelas de preparo convencional, houve rápida perda de umidade devido à exposição direta do solo aos ventos e às altas temperaturas.
A ocorrência de chuvas, dia 1º, em volumes maiores e maior abrangência territorial, favoreceu a germinação e a emergência, mesmo de plantios realizados em solo seco ou de menor umidade.
As lavouras em desenvolvimento vegetativo têm mostrado sinais de recuperação, emitindo folhas mais expandidas, especialmente nas localidades onde a umidade do solo foi restabelecida com as chuvas de 19 e 20 de novembro.
Colheita do trigo
A colheita do trigo está em finalização.
A operação atingiu 99% da área total cultivada, que é de 1,32 milhão de hectares.
E a estimativa de produtividade, que está em 3.116 kg/ha, deverá ser revista no final da safra.
Restam algumas lavouras maduras ou em final de maturação fisiológica, nas regiões da Campanha, Sul e Campos de Cima da Serra, onde os plantios são realizados mais tardiamente para evitar riscos, especialmente geadas nos estágios de florescimento e enchimento de grãos.
A produtividade e a qualidade dos grãos apresentaram variações expressivas entre as diferentes regiões.
No Nordeste a produtividade e a qualidade foram semelhantes aos melhores anos de produção.
Já no Noroeste, Planalto Médio, Centro e Metade Sul, parte dos produtores estão insatisfeitos com os resultados, pois o potencial produtivo das lavouras era inicialmente elevado.
Mas a recorrência de chuvas na fase de enchimento de grãos e de colheita comprometeram o rendimento, provocando a redução no peso dos grãos, além de sua germinação nas espiguetas.
Fonte: Seapi