Os sinais para o mercado do boi gordo são positivos para o segundo semestre, com bons indicativos de demanda, em particular das exportações.
A avaliação é do analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias.
Na semana passada o mercado registrou preços sustentados, de estáveis a mais altos, nas principais praças de comercialização.
Segundo Iglesias, na semana que passou as indústrias operaram com escalas de abate menos confortáveis, em um ambiente ainda pautado por oferta restrita.
De qualquer forma, o movimento de alta conta com suas limitações. Ele não acontece de maneira explosiva, diferente do evidenciado em outras oportunidades, afinal de contas 2024 ainda é um ano pautado por oferta expressiva.
Fernando Iglesias, analista de Safras & Mercado
Preços
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 12 de julho:
* São Paulo (Capital) – R$ 230,00 a arroba, aumento de 0,88% frente aos R$ 228,00 da semana passada.
* Goiás (Goiânia) – R$ 220,00 a arroba, avanço de 2,33% frente ao fechamento de R$ 215,00 da última semana.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 220,00 a arroba, alta de 2,33% frente aos R$ 215,00 praticados na semana passada.
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 220,00 a arroba, acréscimo de 2,33% frente aos R$ 215,00 praticados na semana passada.
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 210,00 a arroba, recuo de 0,47% frente aos R$ 211,00 praticados no encerramento da última semana.
* Rondônia (Vilhena) R$ 183,00 a arroba, estável frente à última semana.
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E no atacado
Iglesias destaca que o mercado atacadista voltou a apresentar alta das cotações no decorrer da semana.
O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta no curto prazo, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição entre atacado e varejo.
“Vale salientar que a carne bovina teve interessante ganho de competitividade em relação as concorrentes durante o mês de junho”, acrescenta.
O quarto traseiro do boi teve aumento de R$ 17,00 para R$ 17,50 por quilo. O quarto dianteiro do boi avançou de R$ 13,00 para R$ 14,00 por quilo.
Embarques
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 240,471 milhões em julho (cinco dias úteis), com média diária de US$ 48,094 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chega a 54,204 mil toneladas, com média diária de 10,840 mil toneladas.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.436,40.
Em relação a julho de 2023, há alta de 32,5% no valor médio diário da exportação, ganho de 41,6% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,4% no preço médio.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Safras & Mercado










