A paralisação em diversos países, por causa da pandemia, causou a falta de produtos novos. Além disso, o aquecimento do agronegócio brasileiro provocou uma corrida em busca de máquinas.
Estes fatores resultaram em aumento de, pelo menos, 40% nos valores do maquinário agrícola usado. Os números são resultado da comparação de agosto/21 com agosto/20.
Agronegócio

A informação é do gerente de Marketing Renan Felipe Meyer, do Grupo Via Máquinas, que detém o Índice de Preços ao Consumidor de máquinas agrícolas, Via Consulti.
Segundo ele, problemas na logística mundial aqueceram o mercado de usados, visto que as concessionárias estão sem produtos novos a oferecer.
“As fábricas têm maquinário quase pronto, à espera de componente como retrovisor, pneus, partes elétricas, contrapesos, entre outros. Este desequilíbrio causa aumento do valor da máquina usada, tanto quanto da nova.”
Renan Felipe Meyer
Conforme o gerente, a percepção da diretoria do Grupo Via Máquina é de que o mercado deve voltar à estabilidade somente depois de julho de 2022. “Vai apresentar uma melhora no primeiro semestre, mas se normalizará somente no segundo.”
Ele afirma, ainda, que o mercado deve se normalizar somente na metade do ano que vem. “Vai apresentar uma melhora no primeiro semestre, mas se normalizará somente no segundo semestre.”
Final de ano
Meyer vê a continuidade dos preços elevados até dezembro, época em que a demanda por colheitadeiras está em alta. “Apesar de produzirmos boa parte dos equipamentos aqui, muitos componentes são importados. A falta destes associada à alta do dólar vão impedir o retorno dos preços ao patamares praticados antes da pandemia. Isso no curto e médio prazos.”
Lançamento
Devido a essa elevação no preço do maquinário, a Via Consulti implementou um campo novo em suas tabelas. Destaca o ágil que o mercado está praticando atualmente. Isso auxilia produtores e comerciantes a se informarem quanto a volatilidade do mercado e seus riscos.